Todo ano no mês de outubro participamos da campanha do Outubro Rosa, idealizada para alertar a todos sobre o diagnóstico precoce do câncer de mama. Segundo dados do INCA, o câncer de mama é segundo tipo que mais acomete brasileiras, representando em torno de 25% de todos os cânceres que afetam o sexo feminino. Estima-se que ocorrerão 59.700 casos novos de câncer de mama em 2019, com risco estimado de 56 casos a cada 100 mil mulheres.
Infelizmente uma de nossas colaboradoras, a Aline, foi diagnosticada com esta doença. Mas com fé, tratamento correto e muita força de vontade, hoje está curada. Neste ano, mais do que mostrar a foto tradicional de nossa equipe vestida de rosa para fazer alusão à campanha, trazemos uma entrevista com nossa querida colaboradora. Esperamos que inspire a todos!
Como foi para você a descoberta da doença?
O diagnóstico, propriamente dito, foi temeroso mas não impactante. Em abril/2017 fiz os exames de rotina, minha mamografia acusou birads 2, tudo sob controle. Em abril/2018, já com um nódulo palpável na mama esquerda, repeti os exames e com eles o que nenhuma mulher quer ouvir. O primeiro questionamento que nos assola é: quais as nossas chances? Minha oncologista resumiu minha vida em: você tem um câncer invasivo, cujo grau de agressividade é bem relevante, porém, vou usar todos os recursos que a medicina dispõe. Eu, naquele momento, expressei veementemente: podemos começar então, vai dar certo!
Como foi o período de tratamento?
Certamente esse foi o maior desafio que a vida me trouxe. Foi um período tenebroso, o qual sem FÉ e o apoio da família e amigos eu não conseguiria continuar. Eram novidades em todas as fases, dores na alma e no corpo, mudanças físicas (inchaços, queda de cabelo, etc.). Porém, a cada resultado positivo, de sucesso, as esperanças se renovavam e a alegria de viver me impulsionava a não desistir.
O que ter passado por esta experiência gerou de transformação em você?
Segundo Dalai-lama , o período de maior ganho em conhecimento é a fase mais difícil na vida de uma pessoa. De fato, o diagnóstico tem me ensinado muito, não só sobre o câncer e como enfrentá-lo, mas, especialmente, sobre mim mesma e o que, REALMENTE, é importante. Viver com propósito de fazer a diferença para o outro.
Quais conselhos você daria para as mulheres para prevenir ou mesmo enfrentar a doença?
ATENÇÃO a qualquer sinal diferenciado em seu corpo! O que, por diversas vezes, ignoramos por julgarmos irrelevante, pode ser a oportunidade de, precocemente, não perdermos a vida para o câncer. O fato de sermos pacientes oncológicos não nos faz uma bomba relógio, com o atestado de óbito previamente assinado.
Apesar do sentimento de solidão, nós nunca estaremos sozinhos!
Existe VIDA após o câncer! Estou curada, apesar dos prognósticos contrários!