Condomínios buscam energia solar para economia na conta de luz

90% dos brasileiros gostariam de substituir o consumo de energia elétrica pela tecnologia fotovoltaica, eólica ou outra fonte renovável, diz pesquisa

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidiu reativar o sistema de bandeiras tarifárias e classificou o mês de dezembro para a faixa mais elevada de valores, com a bandeira vermelha patamar 2. Para se livrar destes constantes aumentos, muitos consumidores querem migrar para outros modelos de consumo mais vantajosos.

Uma pesquisa realizada no final do primeiro trimestre de 2020 pelo Ibope, à pedido da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel), apontou que 90% dos brasileiros gostariam de substituir o consumo de energia elétrica por energia solar, eólica ou outra fonte renovável.

Essa tendência se confirma com os dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), apontando que a adesão ao sistema cresceu mais de 212% em 2019, totalizando 110.997 novas instalações.

O interesse pela adesão não abrange apenas casas – com placas fotovoltaicas instaladas nos telhados, mas condomínios residenciais. Para Maria Claudia Buarraj, da Acir Administradora, os condomínios têm procurado cada vez mais a solução para fechar a conta e aliviar o bolso. Os benefícios incluem economia na conta de luz e autonomia energética até impacto zero para o ambiente.

Para atender ao crescente número de condomínios interessados pelo sistema, a administradora orienta passo a passo os síndicos sobre o processo de instalação do sistema. Simplificando, primeiro o condomínio precisa passar por uma avaliação técnica das áreas que podem receber os painéis solares e depois a aprovação do orçamento em assembleia.

Para se ter uma ideia da economia, um condomínio localizado em São Paulo, que possui duas torres e 298 unidades instalou 60 placas no topo de uma das torres, com capacidade de fornecer 2 mil kVA. O investimento total foi de cerca de R$ 151 mil, entre equipamentos, adaptações elétrica e hidráulica e serviços de instalação.

A ideia era reduzir o custo do aquecedor a gás que mantinha a piscina aquecida, que girava em torno de R$ 60 mensais por apartamento. Uma saída para reduzir esse custo foi a instalação de placas fotovoltaicas. “Após o estudo de viabilidade técnica os moradores aprovaram a ideia e como 1,6 mil kVA já eram suficientes para manter a piscina aquecida o ano todo, mesmo nos dias mais frios e nublados, ainda foi possível economizar 400 kVA para as áreas comuns do prédio”, conta o síndico.

A economia estimada em dez anos é de R$ 110 mil e, após esse período, a economia ainda será maior, já que a vida útil média das placas solares é de 25 anos. A ideia agradou tanto, que o síndico também estuda a possibilidade de instalar placas fotovoltaicas na outra torre.

Fonte: Portal Solar

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