Nós sabemos que muitos dos resíduos que produzimos acabam chegando ao mar, mas o que muita gente não sabe é que existem ilhas de plástico.
Localizadas no norte do Oceano Pacífico, no Oceano Índico e no Oceano Atlântico, as maiores ilhas são formadas por diversos tipos de lixo plástico.
Vem cá, vamos entender melhor!
Como se formam as ilhas de plástico?
Nós usamos plástico todos os dias, não é mesmo?
Fácil de produzir, esse material é barato e conveniente para o dia a dia de grande parte da população mundial.
Alguns números exemplificam o que estamos falando:
- Aproximadamente 2 milhões de sacolas plásticas são descartadas por minuto.
- Todos os dias, nós usamos mais de 500 mil canudos plásticos.
- 500 bilhões de copos plásticos são descartados anualmente.
- Mais de 14 milhões de toneladas de espuma plástica são fabricadas todos os anos.
E grande parte desse lixo acaba parando nos oceanos.
Ventos e correntes marítimas fazem com que esses resíduos se concentrem em alguns locais, formando as ilhas.
A maior delas, a Grande Mancha de Lixo do Pacífico (GMLP), tem mais de 1 milhão e 500 mil quilômetros quadrados, segundo pesquisadores.
Esse território, que já é maior do que o Alasca, aumentou quase 16 vezes de tamanho em relação aos relatórios anteriores.
Existem também ilhas de plástico em outros mares, como o Mediterrâneo, mas elas são muito menores e dispersas.
O que é exatamente esse lixo?
Segundo a revista Scientific Report, existem mais de 1,8 trilhão de peças de plástico acumuladas só na área da GMLP.
Todo esse entulho pesa cerca de 90 mil toneladas, o que equivale ao peso de 500 jatos jumbo.
As peças vão de microplásticos a redes de pesca, passando por garrafas, tampas, brinquedos, sacolas e outros objetos.
As consequências das ilhas de plástico
A influência do sol e as constantes colisões com pedras e outros dejetos transformam os resíduos plásticos em pequenas partículas.
Animais marinhos e pássaros mastigam esses pedaços de plástico, após confundí-los com comida.
Alguns tipos de plástico ainda liberam substâncias tóxicas, que vão parar nos organismos dos bichinhos, desde pequenos plânctons até enormes baleias.
Um oceano poluído também compromete o sustento de comunidades que vivem da pesca e faz esse prejuízo chegar até nossas mesas.
O plástico têm a capacidade de absorver substâncias tóxicas, como mercúrio, que acaba parando em nosso suculento prato de peixe assado.
Segundo especialistas, toxinas encontradas em diferentes tipos de plástico podem causar câncer, problemas no sistema imunológico e provocar defeitos congênitos.
O que podemos fazer
Existem algumas iniciativas em andamento para reduzir o tamanho das ilhas de plástico, e nós também conseguimos colocar a mão na massa!
Reduzir o consumo de plástico, seja reaproveitando ou reciclando, é o caminho mais simples e efetivo.
Veja aqui algumas maneiras de viver com menos plástico.
Também podemos apostar em plástico biodegradável, que leva de 1 a 5 anos para se transformar em poeira.
Contribuir com a divulgação de informações sobres as ilhas de plástico é uma maneira fácil de ajudar na causa.
Outras atitudes benéficas são compartilhar informações, cobrar ações e apoiar os projetos já existentes para limpar os oceanos.
Alguns vídeos sobre o tema estão disponíveis no YouTube, assista a um deles aqui.
Curiosidade
Sabia que existe uma criatura na Terra que fica feliz por estar cercada de plástico?
É a larva da traça da cera! Ela precisa de apenas 40 minutos para comer uma grande parte de um saco plástico!
Essa larva decompõe facilmente produtos de polietileno, o plástico mais comum e utilizado em escala mundial.
Cientistas ainda não sabem como funciona esse sistema, mas quem sabe um dia a larva possa nos ajudar a limpar nossos oceanos, não é?